«Pode dançar, caminhar na praia, andar de bicicleta, o que mais agradar à pessoa», destacou o fisioterapeuta e professor da USP Celso Carvalho, que coordenou a pesquisa.
O estudo testou a reacção de 58 pacientes asmáticos, divididos entre os que se exercitavam por 35 minutos num tapete de corrida, duas vezes por semana, e um grupo que não fazia actividade física. «Avaliamos a hiperresponsividade brônquica, que é quando o asmático tem as vias aéreas irritadas pelo ácaro, pó, poeira», explicou o professor. A experiência durou três meses.
Os cientistas observaram que era necessária uma quantidade maior de alérgenos (pó, poeira, ácaro) para fazer a via aérea fechar. A conclusão do estudo foi que a inflamação diminuiu significativamente entre aqueles que praticaram exercícios. «Isso sugere de forma bem importante que o exercício é anti-inflamatório e melhora a qualidade de vida do paciente», ressaltou.
A prática de actividades físicas também reduziu pela metade a ida às urgências, que costuma ocorrer durante crises de asma, mesmo em pacientes que usam medicação adequadamente. De acordo com Carvalho, todos os participantes do estudo tomavam remédios para a asma, uma condição que também deve ser observada pelos asmáticos interessados em iniciar a prática de exercícios.
Segundo Celso Carvalho, o broncoespasmo pode acontecer no momento da actividade física de alta intensidade, por isso o acompanhamento médico e o uso de medicação são essenciais.
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