O Ministro da Economia, António Pires de Lima, sublinha que o Governo não está confortável em matéria de IRS e tem como prioridade inverter a tendência de aumento de impostos, numa altura em que a recuperação económica nacional ainda não está consolidada. Mas avisa que um eventual alívio da carga fiscal "não depende só do Governo".
No Estado da Nação, programa de entrevistas conduzido por João Marcelino, diretor do DN, e Paulo Baldaia, diretor da TSF, António Pires de Lima quis falar do chumbo do Tribunal Constitucional e avisa que este escrutínio é um teste às condições de governabilidade de Portugal, já que a consolidação orçamental que o País se comprometeu a fazer no quadro da zona euro estará sempre dependente do texto constitucional, qualquer que seja o Governo eleito em 2015.
A um mês de completar um ano na pasta da Economia, Pires de Lima destaca que não foi "escolhido por oposição" a Álvaro Santos Pereira e elogia o impulso reformista dos dois primeiros anos de governação do Executivo. Mas aponta que "nunca mais se ouviu falar em problemas de coesão da coligação desde a remodelação feita em julho do ano passado".
Revela que um dos principais desafios que abraçou desde que chegou ao Ministério da Economia foi a recuperação do investimento privado. E admite que os custos de energia podem ser mais elevados do que a média europeia para os consumidores portugueses, mas sublinha que este preço não tem sido obstáculo para as empresas, assumindo que o mercado ibérico de energia não consegue funcionar da forma concorrencial que seria desejável.
Sobre a atualidade política, diz que é Marcelo Rebelo de Sousa quem estará na melhor posição para ser o candidato presidencial do CDS-PP e do PSD.
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